22 mar. 11 – Revolução na Líbya – A luta revolucionária continua – atualização

As forças militares e mercenárias está reforçada por civis pró-Gaddafi e ainda aramada com tanques e muitos mísseis deixaram Bhengazi e estão sitiando várias cidades, entre as quais Adjabira, Misurata, Ziwaya.

No vídeo da reportagem da Al Jazeera a seguir que são de hoje mostra a ação dos militares de Gaddafi e a fuga dos revolucionários de volta para a cidade; eles não conseguem avançar 800 metros da periferia por causa dos tanques e lançadores de foguetes dos militares.

O repórter até lembra que os revolucionários estão em numero bem maior, porém, com poder de armamentos muito menor, e são desorganizados, são formados por jovens, muito jovens sem nenhuma experiência em guerra, mas tem uma vontade e coragem extraordinária.


As forças da ONU continuam o bombardeio das posições chaves dos militares de Gaddafi, quartéis, depósitos de armas e centro de comunicações, mas devem diminuir daqui em diante.

Acompanhando as várias manifestações do mundo, é fácil verificar que hoje se trava uma disputa grande sobre o comando que deverá passar a OTAN e de que país liderará a missão da ONU.

Há diversos protestos no mundo de países e organizações que pedem o cessar bombardeio das forças da ONU sobre Trípoli, reduto de Gaddafi, mas vejo assim, por enquanto, os alvos são somente militares e as notícias de baixa são duvidosas pois são divulgadas pela rede de televisão sob ordens de Gaddafi. Os repórteres que estão no meio do conflito não puderam ainda confirmar as baixas civis indevidas.

Por outro lado, os militares de Gaddafi continuam a agir de forma violenta sobre populações de várias cidades desprotegidas. É só acompanhar as mensagens de twitter e reportagens que estão mais próximos. As forças são desiguais. De um lado os civis revolucionários com poucos armamentos, de outro os militares fortemente armados que atiram mísseis aleatoriamente sobre as cidades. Esta desproporção é perigosa.

Difícil dizer quando e como isto vai terminar. Os revolucionários em Bhengazi se negam a dialogar até que os militares cessem todas as hostilidades que continuam, embora já tenham anunciado por três vezes um falso cessar fogo, sabe-se que os pró-governo não pretendem parar.

Gaddafi e seus aliados mais próximos, incluindo familiares, sabe que está lutando pela vida e instiga o seu povo a lutar e servir de escudo.

Misurata está sob intenso fogo de foguetes e tiros de canhões a oeste. Os rebeldes informam a presença de aproximadamente 40 tanques atirando na periferia sobre a cidade e mias vários atiradores de elite em prédios ocupados. Os civis da cidade relatam dezenas de mortes, inclusive crianças e mulheres.

Se de fato a revolução foi fabricada pela Inteligência de países interessados no domínio, agora o que se vê que saiu ao controle, pois que o que vemos não poderia ser previsto.

A Libya é o calcanhar de Aquiles para mudar toda a geo-política do Norte da África, ainda rica em reservas de petróleo, mas com governos déspotas, desiguais e desumanos. É tudo sobre o petróleo e de que forma cada um se colocará nesta exploração do século XXI, pois, a partir de 2015 é claro que a escassez do “ouro negro” será a tônica da sobrevivência.

Quem tiver fontes de fornecimento de petróleo continuará a sobreviver e a crescer economicamente, mas quem não tiver, estará sujeito à boa vontade de outros países. Um drama que se aproxima e promete fazer sofrer as populações do mundo em breve.

A própria rede Al Jazeera um pouco mais pendente ao Ocidente e a ética e moral ocidental democrática graças a cerca de 400 correspondentes no mundo todo, sofre pressão de seu governo e seu proprietário que são pressionados por nações como a ARÁBIA Saudita, ditatorial, que não quer ver o seu povo influenciado pelos ares da liberdade e democracia. Quem tem medo é porque deve.

Mesmo assim, a cobertura da Al Jazeera ainda é a melhor sobre todos estes conflitos no Oriente Médio e Norte da África e a que tem o enfoque mais neutro.

Vamos acompanhar e torcer que haja logo o cessar fogo de ambas as partes.

O vídeo de hoje da Al Jazeera:

Por Atama Moriya, em 22-03-2011.

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